Não quero desenhar o que vejo
Quero desenhar o que penso
(ou como penso)
Mas meu pensamento é só névoa
De repente, não tenho nada a dizer
No entanto, quando me distancio
do papel, da caneta, do carvão
encontro um mundo, em mim,
todo povoado.
Resto do tempo, nada.
Como consegui criar um deserto
dentro de mim?
Entretanto, nele não reinam calma
nem tranquilidade. Lento amargor.
Porque dentro algo pulsa e incomoda o vazio,
alertando-o de que não é desejado.
Anseia por uma referência e reclama
contra a esterelidade.
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