Sempre foi um problema tentar conciliar tudo que se quer ser. Porque poucas coisas conseguem funcionar simultaneamente. A antropologia e o feminismo não funcionam simultaneamente (quando se exige um certo nível de lógica). O Outro - aquele que com quem se forma ou contra quem se forma?
O Corpo dissolve a pessoa. O Cérebro não consegue suportar. Reúne, reúne. Esqueceu que é corpo e o escamoteia como instrumento. O corpo luta, luta. Um pensamento corporalizante possui diversos centros, no final das contas. Assim como um corpo que faz o cérebro pensar no seu ritmo.
Reunir antropologia e feminismo. Antropólogas feministas. O feminismo ri: sabe que o diálogo é sempre assimétrico e ao mesmo tempo possui interesses em comum com a categoria que pretende estudar. A antropologia ri: sabe que a própria base de uma separação é vida cultural comum. Feministas não podem criar essa distância com relação à própria sociedade. Os Antropólogos o sabem, pois estão como fora de outra sociedade.
Só uma força como a cerebral poderia exigir que Antropologia e o Feminismo fossem Um. E isso não exclui que ambas consigam funcionar ( noutra perspectiva) em plena jocosidade.
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